quinta-feira, 20 de maio de 2010

Brincar

Brinco, brinco, e volto a brincar... Nada mais há para fazer, apenas ser de novo criança. Rebolar, saltar, correr, cantar, gritar, dançar, amar... É só isso... nada de muito complicado. Complicar é mesmo a parte mais difícil da vida, requer tanto esforço, tanto sofrimento... E para quê? Vamos brincar?

Transformação

Têm sido tempos de grande transformação. Sinto-me a cada instante, e relembro-me que é na aceitação de Tudo o que Sou, que a simples Verdade ganha asas de perfeição. É nesse espaço que a vida se liberta e esvoaça alegremente, num espectáculo de pericia e simplicidade. Sinto a sua música e deixo-me embalar, suavemente, numa dança conjunta através da eternidade da Existência.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

flor


Uma flor...
Que posso dizer acerca de uma flor?
Posso descrever-lhe a forma, a cor, o cheiro, o tamanho, para além de uma infinidade de características que me permito observar, sejam elas mais generalistas ou pormenorizadas. Poderia perder-me em adjectivos característicos de uma imagem por mim criada, interligando-a com o cenário presente e a sua neblina envolvente. Poderia referir as suas necessidades e funções, utilizando para isso os olhos de biólogo, dissecando-a célula a célula, num interminável alarido experiencial. Talvez escrevesse um livro, dois ou até mesmo três, talvez a espelhasse em mil poemas e lhe dedicasse canções sem fim, celebrando o pranto de emoções que jorrassem de dentro de mim. Poderia até a transformar numa borboleta de mil cores, que sem interesse voaria com asas de alegria... Mas onde tudo acabaria? Ou começaria? Haveria um fim anunciado, ou seria a eternidade a medida exacta à sua contemplação? Não será a flor a própria existência, onde a ausência de forma é a única característica inata? Como poderei descrever algo que não tem limite definido, sem principio nem fim? Talvez, apenas o silêncio consiga captar a verdadeira natureza da flor, unindo-nos ao vazio que nos traz aqui...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mente

A vida é uma ilusão, mas bastante credível ao que parece, onde somos apenas moldadores do tecido existencial, criando formas e dando-lhe uma definição, surgindo assim o fluxo da vida e o seu intemporal desenrolar de acções, que juntamente com as suas definições, esquemas e conclusões, se congregam num perfil existencial a que temos o hábito de chamar mente. Por si só este simbolismo nada representa, estando apenas presente devido ao facto de também ele ser parte do desventrar daquilo que sempre será. Também ela uma ilusão, apenas presente devido ao esquecimento induzido a que submeti partes de mim próprio, em prol de uma vontade inata de me descobrir e exparienciar.
Sem isso, o que resta?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Amor

Por vezes quando me expresso, ainda dou por mim a perguntar porque o faço ou com que intenção. Tendo a interpretar e a ser interpretado por aquilo que Sou e depois acabo por me limitar a mim próprio como resultado dessa explicação. Diz-se que palavras levas o vento, eu próprio já o afirmei por demasiadas vezes, mas a verdade que também elas são uma forma de arte, e apenas perdem essa característica quando criamos expectativas sobre a sua acção na vida, ou quando analisadas por outras expressões da minha mente, resultantes de um percurso existêncial que nos caracteriza como experiências únicas e totalmente diferênciáveis. Mas e se eu não quiser dizer nada? E se fôr apenas um sorriso, que sem intenção, demonstra aquilo que Sou nesse momento. E se não concordarem com isso, o que muda em mim? Tudo se não me reconhecer, nada se me conhecer... As palavras são como tudo na vida, uma extensão do que Sou no Agora, simplesmente isso, nada mais. E só eu posso saber disso, pois não existe forma de o fazer perceber a todos os outros. Aqueles que o sabem como eu, sabem-no e pronto... nada muda... apenas a forma como nos criamos mais livremente na Existência... só isso... Sem correrias...
É um processo solitário, mas ao mesmo tempo unificador e agregador, pois passas a não esperar nada dos "outros", e tudo o que experiênciares é uma dádiva de Quem ÉS.
Todo o jogo se desenrola dentro de mim, e não existe nada para além de... Apenas Eu... e até isso não me representa...
Então, porque me limito? Ou será que não, e é apenas uma opção? Se o souber posso simplesmente mudar de Experiência,... se não me sentir satisfeito com a que tenho.
Agora... Sou Amor...

domingo, 11 de abril de 2010

EU SOU a Vida e o Caminho, portanto sigam-me...

Porque continuo a expressar alguma raiva em relação à minha mãe, mesmo sabendo que essa emoção nada tem a ver com a sua pessoa, mas com a minha experiência? Porque continuo preso a sentimentos resultantes de uma maternidade um pouco tormentosa, mesmo sabendo que ela apenas existiu para me mostrar que a única verdadeira energia de Mãe reside dentro de mim, e não na representação de outro ser humano? Porque me limito a experiênciar vezes sem conta algo que já não quero, mesmo sabendo que simplesmente tenho a opção de não o fazer, e que não existe nada de errado nessa decisão? Mas se o decido fazer, o que também está certo, porque não recebo as palavras como música, e continuo a atribuir-lhes um sentido baseado no meu passado? Porque me custa tanto assumir essa responsabilidade de cuidar e nutrir-me a mim próprio, sem a necessidade que esse movimento seja de fora para dentro? Porque continuo a olhar para mim como um Ser desprotegido e fraco, que não poderá sobreviver às agruras de uma sociedade sem uma protecção exterior, sabendo que isso me limita na minha expressão Divina de Quem Realmente Sou?
EU SOU um SER Completo, Perfeito, apenas pelo facto de Existir!!
EU SOU a Mãe, o Pai, e tudo o resto que Existe!!
EU SOU a Vida e o Caminho, portanto sigam-me!!

domingo, 4 de abril de 2010

Ser

É importante que tenhamos a coragem de nos olharmos nos olhos, lá bem fundo, e aceitar tudo aquilo que somos... Não vale a pena tentar dourar a pílula, pois é tudo parte de quem somos, e apenas estaremos a enganar-nos a nós próprios... Uma vez nesse espaço, muitas vezes de dôr e angústia, e se quisermos realmente integrar tudo aquilo que somos, apenas temos que entender o Amor como parte de tudo, e expressá-lo de dentro para fora, transmutando a nossa energia e criando uma experiência mais simples e envolta num manto de felicidade e paz...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Perfeição

Tudo o que crio é perfeito, apenas pelo simples facto de existir...
A interpretação apenas reconhece partes da imagem completa, o qual cria a ilusão da separação e imperfeição. Quando o observador reconhece a unidade, então percebe que Nada é o mesmo que Tudo... e o menos que perfeito não Existe!
Essa é a Natureza da Existência...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

AMOR

...

Serpenteio junto às pedras, sem as conseguir abraçar
Ouço as palavras do vento, sem as saber expressar.

Sinto o cavalgar do tempo, em batalhas já perdidas
Espaços que foram roubados, às histórias de outros dias.

A vida é fugidia, do momento presente
Um documentário filmado, num cenário já ausente.

Tudo é um Ser, sem corpo ou emoção
Onde o caminho é o pulsar, da consciência em expressão.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ligações

Sinto a unidade dentro de cada um de nós, e nela reconheço que sou completo, sem nada para acrescentar. Tudo existe dentro de nós... o Yin e o Yang. É só uma questão de nós humanos reconhecer-mos essa verdade. Nós já somos Totais no Agora, apenas não o conseguimos expressar, porque pensamos que não somos. E esse é o processo da vida, o deixar ir de todas as limitações que nos afastam de nós,
não como aquilo que pode ser explicado, mas sim como o que não tem explicação. Mas se a própria vida é uma explicação, como podemos não o fazer? A questão não está no fazer, mas no estado de consciência com que o fazemos. Quando se cria expectativas sobre esse fazer, automaticamente criamos condicionamentos aqui e agora, que nos afastam da nossa essência. Portanto, já que temos que fazer, sejamos livres nesse acto divino de viver.
Sem esperanças ou desilusões, inícios ou conclusões. Apenas Ser e deixar que o fazer flua a partir desse estado de Amor.
Com esta perspectiva, sinto que as relações são mais uma experiência da vida, e devem ser alimentadas pela vontade de não querer nada delas. Apenas usufruir do Amor que liga dois Seres, sem constrangimentos ou divagações...
E quando essa relação deixa de ser a expressão desse estado de graça, então temos o dever da continuação separada, dos nossos caminhos do coração. Simples... enquanto formos felizes... independentemente da razão.
A vida é realmente simples e tenho a coragem de a expressar assim na minha realidade. Já fui complicado, já fiz muita coisa, já tive muito dinheiro, já... Agora, desaprendo o que me foi ensinado, pois só assim terei a força de continuar
a ser verdadeiro com o Amor que sou Eu. Aqui e Agora... em ÊXTASE!!
Revejo-me e sou feliz pelo que sinto...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Negócio

A espiritualidade como um negócio... as mesmas regras... os mesmos procedimentos... as mesmas expectativas... a carpete vermelha estendida aos senhores empresários que têm a ideia de explorar a complicação daquilo que é simples. Parabéns ao senhores visionários que nos oferecem um cardápio de orientações, para aquilo que não pode ser encontrado! Somos mesmo hábeis... Ilusão sobre ilusão, sobre ilusão,...
É tudo ilusão... portanto relaxem... para quê complicar?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Despertar

E assim desperto para um novo Eu! Foram tempos de crescimento, dentro deste útero que me protege. Foi a germinação da semente, que no ventre da mãe Terra, recebe o embalo que precede o renascer. São momentos de puro Amor Incondicional, através dos quais nos preparamos para o empreendimento eterno que se apresenta perante nós. Recebemos das mãos do Criador a essência de quem somos, apenas tendo que a redescobrir em cada passo expressado, na realidade da matéria. E essa vontade impulsiona-nos a crescer, sem medos e identificações, pois só assim regaremos o campo que nos vê germinar.
Já não sou o mesmo ser que se propôs a este despertar, reinvento-me a cada segundo da minha existência, colocando a minha criatividade ao serviço de mim próprio... Olho a vida nos olhos e revejo-me... mas jamais me identifico... A identificação é companheira do medo, da angústia e da depressão, mantendo-nos perdidos no passado e desligados do presente.
Sou a árvore que cresce em direcção ao azul do céu e ao interior da Terra... firme... confiante... Liberto as folhas que são parte de mim e vivo a partir delas, das suas vivências guiadas pelo vento... Flutuo e aprendo que sou apenas a árvore, que cresce sem razão para o fazer...