A forma como somos educados desde o berço, por todas as pessoas e entidades que constituem a sociedade, empurra-nos para uma situação ilusória, onde a percepção da realidade é feita através da conjugação de uma infinidade de pontos, que quando agrupados, transmitem um mundo de dualidades. Assim, a forma como definimos tudo à nossa volta através de opiniões, pontos de vista, observações, análises, deduções, apenas espelham o conjunto de experiências dualisticas que nos caracterizam desde que nascemos. Até a forma como nos expressamos, através de palavras, sejam elas escritas ou faladas, representa uma abordagem demasiado linear, para que possam açambarcar a verdadeira natureza da realidade. O verdadeiro significado de uma palavra, apenas poderá ser explicada pela palavra oposta, o que por si só define a inconsistência das mesmas para mostrarem a verdadeira existência. Apenas poderão transmitir uma abordagem (de uma infinidade delas) dos diversos aspectos da vida. O facto da realidade ser reduzida a interpretações simbólicas da mesma, origina que nada possa existir se não puder ser apresentada de forma a poder ser interpretada por nós. Criam-se constantemente barreiras que delimitam algo, e para além das quais esse algo não existe. Barreiras que delimitam pontos, e sem as quais não conseguimos percepcionar nada.
Uma das grandes questões é como nos desligar desse programa que nos limita de forma tão dolorosa. Toda a dor do Mundo, quer seja ela física, psicológica, espiritual, pode ser expressa por esse condicionalismo que nos afasta da fonte, e da essência de nós próprios enquanto parte do todo, do Amor...
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