sexta-feira, 19 de junho de 2009

Desentendimento do AMOR

Maior parte das vezes que utilizamos a palavra Amor, fazemo-lo de forma inapropriada e totalmente descabida. Antes de tudo mais, todo o significado que queiramos incluir dentro dela, jamais representará a verdadeira essência do AMOR. Ao fazê-lo, estamos a criar amarras, fronteiras, formas, que limitam de maneira brutal, a natureza total do AMOR... Como consequência, se o podermos expressar por palavras, então é porque não o é!
Agora amo depois já não, amo-te a ti mas não aquele, amo-te assim e depois assado...
Dualidades... aquilo que nós conhecemos por Amor, mas que não o é...
O AMOR é a essência do Ser, e portanto não pode ser definido, apenas experiênciando em toda a sua abrangência, através de um libertar constante desse fluido, que inunda TUDO à nossa volta... Nesse estado, deixamos de existir enquanto Seres, para nos tornarmos em consciência pura.

Dualidade

A forma como somos educados desde o berço, por todas as pessoas e entidades que constituem a sociedade, empurra-nos para uma situação ilusória, onde a percepção da realidade é feita através da conjugação de uma infinidade de pontos, que quando agrupados, transmitem um mundo de dualidades. Assim, a forma como definimos tudo à nossa volta através de opiniões, pontos de vista, observações, análises, deduções, apenas espelham o conjunto de experiências dualisticas que nos caracterizam desde que nascemos. Até a forma como nos expressamos, através de palavras, sejam elas escritas ou faladas, representa uma abordagem demasiado linear, para que possam açambarcar a verdadeira natureza da realidade. O verdadeiro significado de uma palavra, apenas poderá ser explicada pela palavra oposta, o que por si só define a inconsistência das mesmas para mostrarem a verdadeira existência. Apenas poderão transmitir uma abordagem (de uma infinidade delas) dos diversos aspectos da vida. O facto da realidade ser reduzida a interpretações simbólicas da mesma, origina que nada possa existir se não puder ser apresentada de forma a poder ser interpretada por nós. Criam-se constantemente barreiras que delimitam algo, e para além das quais esse algo não existe. Barreiras que delimitam pontos, e sem as quais não conseguimos percepcionar nada.
Uma das grandes questões é como nos desligar desse programa que nos limita de forma tão dolorosa. Toda a dor do Mundo, quer seja ela física, psicológica, espiritual, pode ser expressa por esse condicionalismo que nos afasta da fonte, e da essência de nós próprios enquanto parte do todo, do Amor...

domingo, 14 de junho de 2009

Minha querida irmã,

Antes de mais quero dar-te conta, da alegria que é, saber que vais passando no meu cantinho, de forma discreta, mas tão importante...
Em resposta à tua pergunta sobre o porquê da falta de actualização deste blog, apenas te posso dizer que apenas não tem acontecido... Apenas isso.
A vida para mim está a começar a ganhar um novo ritmo, um ritmo mais natural, mais lento, mais simples e muito mais interior. Tenho procurado focar-me mais no caminhante, pois sem este jamais existiria uma caminhada. Ao dar a oportunidade ao caminhante de ser apenas isso mesmo, estarei a criar uma caminhada muito mais bonita, relaxada, desimpedida... Quero permitir-me a mim próprio poder ser eu mesmo, sem complexos, medos e constrangimentos de qualquer espécie... Ser EU e com isso, inundar a caminhada com a essência que brotará desse reconhecimento.
Por vezes é complicado colocar por palavras, percepções que vamos retirando dessa exploração interior. Qualquer palavra jamais irá descrever a importância pessoal de tal experiência. E mesmo que o pudéssemos fazer, que valor estas teriam, para alguém que jamais estará no mesmo caminho que eu?

Vai aparecendo... mas se quiseres conversar, sabes por onde paro...

Beijos GRANDES