domingo, 29 de junho de 2008

Aquilo que me marcou... o nascimento do meu filho


Foi este o ponto mais marcante de toda a minha existência, não apenas pelo momento em si, mas principalmente por todos os novos sentimentos que surgiram, dando um novo sentido e orientação à minha vida.
Nunca pensei que teria filhos, não apenas por achar que não tinha perfil para pai (talvez induzido por uma vivência pessoal), mas também pelo meu entendimento das relações amorosas. Nunca podemos abafar o nosso verdadeiro eu, em sociedade ou em família, sem recebermos de volta uma mão cheia de frustrações, desilusões, tristezas e agressões. Temos o dever de sermos justos connosco e com os outros, e de modo algum podemos continuar num compromisso, onde verdadeiramente não estamos, influenciando negativamente a vivência do cônjuge e criando falsas expectativas. No meu caso pessoal, esta necessidade de mudança que sempre existiu em mim, cria-me uma necessidade de reclusão e alheamento espiritual, que maior parte das vezes não é percebido como tal. A posse e o consequente ciúme são sentimentos negativos, que não levam nada de bom para dentro de uma relação. E acreditem que nunca houve razões para isso. Em relação à mãe do meu filho... saiu a companheira que deu lugar à amiga, e espero conservá-la por muito tempo. Tudo se tornou mais fácil...
De volta ao meu bébé, é também por ele que quero fazer algo realmente importante e com significado na minha vida, de modo a deixar-lhe em testamento muito mais que meros bens materiais e experiências de nada.
A consciência do acordar para uma vida com sentido...

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