quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Palavras


Tantas opiniões, ideias e decisões, vertentes elaboradas por mentes crentes no caminho que percorremos. Tanta conversa sem qualquer conteúdo, palavras ausentes sem sentido nenhum.
De tudo falamos e com grandes certezas, sem nunca precisar de justificar a total abstracção da valiosa condição de ser criança audaz, com vontade de lutar, assim como de possuir o dom de observar e só depois pronunciar, a linguagem dos Homens. Rajadas de vento perdidas no tempo, soprando de dor e gritando pela nossa atenção, para o porquê de tanta tormenta. Somos egos inchados criados por conceitos escuros, poemas de uma guerra violenta e sem escrúpulos, discípulos da terra e de desertos sem fim. Devemos parar e olhar à volta, por cima do ombro, e tentar relembrar as verdades ausentes que deixá-mos para atrás, perdidas nos becos do mundo. Fazê-las nossas parceiras, ouvir-lhes a voz, perceber-lhes as grandezas e depois sonhar com as milhares de possibilidades de voltar a caminhar para trás, de volta aqui.

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