segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tempo

Quando se diz que o tempo corre ligeiro, abordamos uma questão deveras pertinente. Não tanto pela interpretação e compreensão desse conceito abstracto, que nos serve de linha mestra durante as nossas vidas, mas sim pela maneira como nós nos aprisionamos a essas directrizes e empreendemos sem tréguas, a batalha de nos preenchermos ao máximo com as mais diversas coisas, que não passam de uma mão-cheia de nadas, nunca sobrando espaço para aquilo que de mais simples e preenchedor a vida tem para nos dar. Ainda mais estranho é o facto, de acharmos que essas decisões não são nossas e nos considerar-mos perseguidos e desrespeitados pela sociedade e o mundo em geral. Regras e leis que nos obrigam a seguirmos assim.
Obviamente e infelizmente que também me incluo neste protótipo de ser humano, apesar de me aperceber que estou deveras a tomar decisões erradas e de a cada instante lutar para poder mudar essa situação. Todos os caminhos que seguimos são uma consequência directa das nossas vontades e apenas nós poderemos mudar isso, tentando ao máximo evitar desculpas e razões para não mudarmos nada.

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