quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O Gueto de Gaza







Porque as minhas palavras nunca conseguiriam exprimir tão revoltosa barbárie, aconselho vivamente que leiam a reportagem "O que aconteceu em Gaza", da jornalista Alexandra Lucas Coelho. E como lá diz o ditado "Quem não sente não é filho de boa gente...", no mínimo retirem 5 min. das vossas rotinas atarefadas para meditar sobre o conteúdo do mesmo!

E agora Sr. Presidente?


Barack Hussein Obama II tomou posse como o 44º Presidente dos Estados Unidos da América, sendo o primeiro negro na história deste país, a conseguir tamanho feito, quebrando uma série de preconceitos racistas, enraízados no cerne desta nação. Para além deste pequeno feito, e devido à profunda crise financeira, económica, social e ambiental que assola os EUA e o Planeta em geral, tem-se colocado uma enorme esperança na sua actuação enquanto líder nacional e mundial, nomeadamente na mudança de políticas de interesses, suportadas pelo medo e submissão, que beneficiam unicamente os lobies e a sua busca incessante e destruidora pelo lucro máximo, em prejuízo dos valores humanos, ambientais e universais.

Espera-se pela abertura de fronteiras físicas e ideológicas que a longo prazo facilitem o entendimento entre os diferentes povos, e a consequente dinamização da harmonia planetária, valor indispensável para a Paz e Fraternidade entre todos. Anseia-se pelo respeito à Mãe Terra e à sua idêntidade natural.
Apesar dos milhares de dificuldades que se atravessam no seu caminho, não podemos desistir, pois é chegado o momento de não poder esperar mais, de dizer basta à demência geral, e sermos parte de um movimento colectivo que suporte os momentos de mudança e justifique o empenho de visionários na conquista de uma nova realidade.
Que Deus nos dê coragem de abrirmos os olhos, pois a luz precisa de ser vista...

Tamera


"Quem não quer Guerra precisa de uma visão para a Paz

O Biótopo de Cura 1- Tamera, no sul de Portugal, é um espaço experimental de formação para o desenvolvimento de Aldeias de Pesquisa de Paz e Biótopos de Cura em todo o Mundo. Segundo o lema “Pensar localmente, agir globalmente“, cerca de 200 pessoas vivem, trabalham e estudam em Tamera. O objectivo de Tamera é estabelecer um modelo para uma coexistência não-violenta entre seres humanos e entre seres humanos e a Natureza. Os objectivos principais de Tamera são: a formação de jovens no estudo de Paz "Monte Cerro", o estabelecimento de uma "Aldeia Solar”, que produza os seus próprios alimentos e energia, e o trabalho de rede mundial sob o tema de GRACE (Graça)."

Para mais informação visite o site http://www.tamera.org/

Tolerância

E de guerra em guerra se vai fazendo este mundo... Parece-me demasiado complexo perceber as motivações que levam a decisões tão brutais de líderes mundiais, que ofuscados por políticas de interesses e fanatismos irracionais, condenam à morte e ao desamparo, milhares de inocentes.

Todos sabemos que pela lei da causa-efeito, a imposição pela força de um qualquer desígnio, mesmo que por mais honroso que seja, criará desiquilibrios que apenas trarão mais sofrimento, desigualdades e ódios, e inevitavelmente trará uma consequência drástica. É um entendimento lógico do saber universal que se aplica a tudo o que fazemos, o qual é um evidente indicador da demência que experiênciamos enquanto seres vivos. "Se semeias ventos, colhes tempestades", lá diziam os nossos mais sábios... É urgente relembrar os direitos adquiridos pelo ser humano e apelarmos à tolerância, como condição essencial à nossa sobrevivência...

Reflexão

Penso que hoje em dia já ninguém tem razões objectivas para continuar a achar que a realidade mundial, europeia e nacional, vai ao encontro do interesse de todos nós. Continuamos a assistir, de um modo preocupantemente indiferente, às atrocidades cometidas contra gente inocente e o seu habitat natural, que por não terem forma de ripostar, vão-se deixando dominar, acabando por perder a sua identidade social e moral. Tudo em nome do desenvolvimento económico, tecnológico e ciêntifico. Para o bem das Nações e dos seus Governantes...
Não somos nós, enquanto povo, suficientemente corajosos, dinâmicos e ousados para entender a necessidade de lutar contra a corrente implementada e acreditar que apenas através dos valores solidários, morais e éticos, alcançaremos a outra margem, e sem os quais seremos meros seguidores de políticas de corrupção e ganância.
Não temos nós tradição de grandes conquistadores, povo ousado e empreendedor, gente de grande coração, que perante causas solidárias, responde sempre de alma e coração em prol dos mais necessitados?
Não será esta altura de olharmos para dentro de nós e descobrir o que de melhor nos preenche a alma, de deixar-mos para trás queixumes de gente habituada a nunca ter sofrido verdadeiramente, e dedicar-nos com toda a força que temos, a contribuir para uma mudança efectiva das mentalidades? Não seremos nós capazes de incutir na sociedade uma consciência colectiva?
Penso que sim e que cada um de nós tem a obrigação de o fazer, se não por nós, pelos nossos descendentes. Julgo que não queremos carregar o peso de deixar em herança um conjunto de valores que de nada servem, para o seu crescimento efectivo!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O Exorcismo da Metamorfose


Mais algum tempo de ausência, que me preenche os dias de forma rotineira e totalmente desprovida daquele prazer vivencial, que é condição obrigatória para o ficar satisfeito com aquilo que nos parece à primeira vista, de pouca importância. São momentos prolongados, de uma vazia subtileza, que se alimentam daquele conteúdo amargo e rugoso que tão bem sei criar. São anos e anos de muito e de nada, de uma tolerância ridícula a todas as atrocidades e horrores vividos por gentes reais, sem poder de escolha e a quem a decisão do caminho a seguir, é simplesmente roubado por mentes atrozes. Vaidade impiedosa, que continua a usar a pureza da inocência, para alimentar o ego enegrecido de uma mente carrasca e sanguinária, a quem o corridinho de pensamentos bestiais, serve de arma na luta pela conquista das trevas. Deixo-me estar... fingindo a minha existência, na procura de desculpas para o amanhã acomodado! Se me mantiver escondido, talvez consiga iludir o destino e este passe desentendido, sem se aperceber de mim!
Ó estupidez atroz!! Implora pela violência da claridade que ofusca no despertar da lenta dança com Orfeu, e depois liberta para um festim de percepções escondidas. Verga-te perante a magnitude da dor e absorve o conhecimento que a acompanha. Morre, para depois viver... numa metamorfose de vida.