quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Reflexão

Penso que hoje em dia já ninguém tem razões objectivas para continuar a achar que a realidade mundial, europeia e nacional, vai ao encontro do interesse de todos nós. Continuamos a assistir, de um modo preocupantemente indiferente, às atrocidades cometidas contra gente inocente e o seu habitat natural, que por não terem forma de ripostar, vão-se deixando dominar, acabando por perder a sua identidade social e moral. Tudo em nome do desenvolvimento económico, tecnológico e ciêntifico. Para o bem das Nações e dos seus Governantes...
Não somos nós, enquanto povo, suficientemente corajosos, dinâmicos e ousados para entender a necessidade de lutar contra a corrente implementada e acreditar que apenas através dos valores solidários, morais e éticos, alcançaremos a outra margem, e sem os quais seremos meros seguidores de políticas de corrupção e ganância.
Não temos nós tradição de grandes conquistadores, povo ousado e empreendedor, gente de grande coração, que perante causas solidárias, responde sempre de alma e coração em prol dos mais necessitados?
Não será esta altura de olharmos para dentro de nós e descobrir o que de melhor nos preenche a alma, de deixar-mos para trás queixumes de gente habituada a nunca ter sofrido verdadeiramente, e dedicar-nos com toda a força que temos, a contribuir para uma mudança efectiva das mentalidades? Não seremos nós capazes de incutir na sociedade uma consciência colectiva?
Penso que sim e que cada um de nós tem a obrigação de o fazer, se não por nós, pelos nossos descendentes. Julgo que não queremos carregar o peso de deixar em herança um conjunto de valores que de nada servem, para o seu crescimento efectivo!

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