Consideramos o nascimento o acontecimento mais nobre de toda a nossa vida. Que satisfeitos ficamos por , enquanto pais, podermos trazer a este mundo um novo ser, e podermos guiá-lo nos seus primeiros passos nesta nova realidade. Damos-lhe as boas vindas, através do êxtase que sentimos a cada novo gesto, a cada novo som, a cada novo despertar.
Que linda esta oportunidade que nos foi concedida, de sermos os anfitriões de uma nova chegada a este mundo, de podermos ajudar na adaptação e organização de mais uma vida surgida, de mais uma alma reencarnada. Nascemos frágeis e desprotegidos, pelo que necessitamos de ajuda nos primeiros anos de vida...
Ajuda... no desenvolvimento de todas as nossas potencialidades que são inatas da existência, em sermos nós próprios, sem rodeios, para podermos inundar a vida com o perfume que transborda de nós.
Não que nos tenham que ensinar nada, pois simplesmente não existe nada para ensinar, não que nos tenham que guiar, pois não existe destino nenhum, não que nos tenham que controlar através de regras e leis, pois o ser consciente, impregna todos os nossos actos com uma forma de graciosidade, de forma que tudo o que faremos estará certo ( não num contexto de certo ou errado, pois o que é certo hoje, pode estar errado amanhã).
Apenas que nos apresentem a vida, permitindo que ela faça parte de nós! Aceitando-a e experienciando-a em todas as formas que ela se apresente. Sem valores pré-concebidos, sem doutrinas, sem verdades, sem mentiras.
Permitir que a vida se molde a nós, e juntos possamos crescer em harmonia, em amor...
Sermos pais, não é possuir, não é controlar, não é agarrar...
É proteger nos primeiros anos de vida, mas é sobretudo liberdade, permitir criar asas, soltar...
Apenas assim permitiremos aos "nossos" filhos a experiência da vida em todo o seu esplendor...
Por mais que isso nos custe a perceber...
quarta-feira, 22 de julho de 2009
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