Observo a ilusão, mas não a tolero. Observo a condição de participante activo na viagem pelo mundo, o momento fugaz de transformação da verdade em pura falácia. Dirijo a atenção para o testemunho atento do momento presente, mas não corro atrás dele. Fico imóvel. Observo os elementos dançando ao som da mesma música, sem pressas ou objectivos. Respiro o ar que é parte da vida, sem pretextos para vir a ser algo diferente. É apenas isso e nada mais... Um nada onde tudo está presente, sem nenhuma ausência, sem concorrência ou intransigência... Viver cada gesto como o primeiro, ausente, mas ao mesmo tempo tão presente. Consciente no observar, sem rodeios ou pretensões, atento à demência e ao seu estado de ilusão.
Sou a folha que caminha pela brisa de outono, e que segue descontraída para sitio nenhum... Sigo o caminho sem caminho do reencontro desejado, e nunca sou nada mais que a demonstração da plenitude da vida. Sigo ausente de sentido e pleno de amor... Flutuo
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