Quando tocamos a essência e o elixir da existência começa a brotar, e já não podemos manter fechadas as comportas do nosso coração, ou entregamo-nos nas mãos da compaixão e damos asas ao verdadeiro altruísmo, ou simplesmente morremos sufocados pela incapacidade de simplesmente dar... A verdadeira vida só pode existir, se o único movimento for de dentro para fora, como um portal cujo o único sentido é o de saída... Não tem lógica que seja doutra maneira, pois o que temos para entregar a Deus, que não seja já parte dele? O que traz a dualidade de novo à eternidade? Nada, porque a primeira é já parte da segunda... O verdadeiro movimento também não vem acrescentar nada à vida, apenas vem libertá-la, dar-lhe uma segunda asa para voar, trazer o calor da primavera que derrete as neves do inverno, as primeiras chuvas de outono, que abatem o pó e alimentam as suas sementes... Uma dádiva do todo, para o todo...
E como pode esta dádiva ser percebida, no mundo dos sonhos? Não sei, apenas sei que tenho de deixar fluir... Por vezes a dor do ego faz-se presente, mas apenas a observo... Cresço com ela... Nada mais posso fazer... Apenas posso expressar a liberdade do silêncio...
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