quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Signo: Escorpião

Este é mais um signo de estabilidade e fixação, voltado para o relacionamento e seus produtos: o filho, as posses em comum, a criatividade.
A posse e a propriedade - do corpo, do afecto, dos bens - se manifesta com toda a intensidade neste signo. Escorpião quer saber o final de tudo que foi feito até Balança. Quer conhecer o que está além e não se contenta com as aparências. Vem daí sua capacidade de revelar segredos, traduzir mensagens subliminares e "reagir com o estômago" a tudo que seja uma ameaça. A atenção que Escorpião dá a seus parceiros é prova disso, assim como sua extrema fidelidade - a pior coisa que se pode fazer a um escorpianino é traí-lo.
Dinâmico, ele é um administrador de crises, para as quais sempre encontra soluções. Escorpião detesta perder o controle, pois confia demais em sua intuição. Dizem que este é um signo relacionado ao sexo e à morte: em seu ápice, o sexo é como a pequena morte que marca uma etapa além da qual todos se transformam.
Na saúde, Escorpião rege o sistema reprodutivo e excretor, ligados a duas características deste signo: reprodução, criatividade e corte de tudo que está apodrecido. Nessa região do corpo está um centro de energia (chakra) responsável pelo sexo. Problemas nesta área resultam em desequilíbrio entre a vontade de perpetuar e o medo de liberar.
Nas profissões, Escorpião se destaca como um pesquisador nato, cheio de sagacidade, que vai em busca dos mistérios. A cirurgia, porque sabe extirpar corpos estranhos; a sociologia e a ciência política, porque sabem fazer isso no corpo social; a psicologia, porque favorece o mergulho nos mares remotos e infinitos do psiquismo humano, têm tudo a ver com este nativo. Na administração pública, Escorpião também se dá bem porque sabe gerir os recursos alheios em prol do bem comum.
No amor, Escorpião vive uma paixão intensa e mergulha de corpo e alma no outro. Mas este nativo pode guardar segredos, porque no fundo teme perder o controle. Por outro lado, tem sempre força suficiente para fazer renascer um relacionamento que parecia estar no fim. As "dores-de-cotovelo" do Escorpião são terremotos, nos quais afunda com toda a sua alma para depois renascer, mais sábio e mais forte.Seu elemento é a Água; sua pedra é a granada; seu metal é o ferro; suas cores são o vermelho-sangue e o vermelho-arroxeado.Regentes: Marte (tradicionalmente) e Plutão (modernamente)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sentidos do amor

O amor é um sentimento de grande pureza e jamais poderá ser confundido com sentimentos primitivos criados por seres, que apesar de maravilhosos pela sua grandeza, continuam a dedicar a sua existência a valores vazios e inúteis, que apenas os transportam para uma condição de vítimas indefesas , e todo o egoísmo que a envolve. O sofrimento é uma dádiva da vida para o desígnio da mudança, e faz falta para que nos apercebamos que a vida não é nada disto. A escolha do nosso caminho é nossa. O modo como o percorremos, os sentimentos que temos, as emoções que demonstramos, apenas dependem da coragem de abraçarmos esse objectivo pessoal. Imaginem a frustração de colocar tudo nas mãos dos outros. Acordem para uma realidade menos centrada no nosso umbigo, onde somos parte de um objectivo comum e tudo o que fazemos tem influência numa realidade global. Olhemos para dentro, para o princípio e tenhamos percepção de acordar para uma vida com sentido. Não sejamos meras marionetas de um espectáculo que nem sequer é o nosso.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ausência


Com bastante insistência continuei batendo à tua porta. Pensei que estarias sempre disponível para me ouvir, mesmo que tudo o que tinha para te dizer, não passassem de palavras ausentes de um total sentido requerido, numa conversa perdida. Foi um momento de dor e pura insatisfação, ao sentir o vazio que despejavas por entre as frinchas das muralhas erguidas, em volta do teu refúgio. Tentei uma e outra vez, chamei e também gritei, lutei pela vontade de te ter presente, mesmo que por momentos ausentes, e voltares a ser a minha orientação. Nada, um silêncio gelado penetrava silenciosamente por entre os poros dos meus sentidos, lançando achas de fel no fundo do meu orgulho. Perco a noção do tempo, a vida rodopia em meu redor e sem me aperceber caio desamparado, no pó que é presente. Estendido no empedrado do caminho, sinto a dureza do chão áspero que me ampara, e ouço o som de um peso pungente que se instala no meu corpo derrotado.
Que força é esta que me prende os movimentos e me dissolve em pequenas partículas mergulhadas, num desespero eterno?
De onde surgiu este desigual combate, apoiado pela pura violência de uma alma destroçada?
São meras deduções percebidas por uma certeza errante de um ser, que procura nas sensações, a resposta concreta para um problema da alma. A solução não faz parte do corpo, mas sim de uma forma etérea que nos mantém em constante crescimento através da alternância de sensações.

sábado, 15 de novembro de 2008

Onde cheguei...

Devido à minha vida profissional ser quase toda à volta do imobiliário, a tão famigerada "crise" é para mim uma crua realidade. Os meus dias passam agora devagar, embrulhados num não acabar de problemas, que me mantêm preso a uma nova realidade. Nada posso criar, apenas remediar...Mas para perceberem como aqui cheguei, deixem-me retroceder um pouco, na cadeia de acontecimentos pessoais...
No passado fartei-me de seguir direcções, que apenas me traziam de volta a um princípio desolador, pois sempre procurei a minha orientação no exterior. Nunca me tive em grande conta e sempre achei que perante a sociedade estaria sempre em desvantagem, o que condicionou grandemente a minha aprendizagem. Nos outros, procurava o reconforto das soluções, mas o que encontrava estava muito longe disso, eram apenas portas fechadas ao meu suplicio, e até por vezes, retaliações que nunca tive capacidade de entender. Comecei então a cruzar-me com um conceito, ao princípio muito cinzento e enevoado, chamado espiritualidade, ou seja, a procura interna de uma luz esclarecedora. Continuei a perder-me e a achar-me perdido... pois a altura ainda não tinha chegado. O chamamento continuou a aparecer, para que não perdesse totalmente o rumo (e olhem que bem perto estive), cada vez de forma mais pungente, e de uma maneira quase obrigada fez-me tomar consciência de que teria que o ouvir, de uma vez por todas. Recorri ao Reki, como inicio de uma nova etapa... Tem sido incrível o leque de novas possibilidades e abordagens da mesma realidade que nos envolve... Aí não encontramos milagres, mas sim uma força interna que nos mostra quem somos e que nos ensina que está na grandeza de cada um, a percepção da luz que nos indica o caminho... sem fanatismos e ansiedades!! E onde a cura tem um papel central, quer seja física ou espiritual. Como consequência desta evolução, tenho vindo, há já algum tempo, a pedir ao meu guia respostas para as minhas dúvidas e clarificação do destino a seguir, sabendo eu que as mudanças não se fazem de animo leve, pois é preciso muita coragem ou acontecimentos drásticos que a isso obriguem. Mas nunca esperei que fosse assim tão duro!! Nada ficou no lugar que ocupava anteriormente,e uma autêntica revolução tomou conta da minha vida... Mas no meio deste turbilhão, ainda consigo alguma motivação e sobriedade, para perceber o nascimento de um novo destino, onde tudo o que em mim sempre considerei castrador, encontra uma justificação perfeita.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sinto-me perdido...


Cheguei a um ponto de total indecisão! Perdido, luto por me manter desperto para as decisões a tomar, de modo a garantir alguma coesão interna que teima em querer partir para parte incerta. Sinto-me levar através do tempo que me tornou ausente, e é cada vez mais difícil evitar a passagem para novas realidades, que de modo algum me são claras, mas que se apresentam perante mim e me obrigam a pensar. Preciso de apoiar-me na bengala do espírito, e aí encontrar o conforto e a calma que necessito... Criar em mim referências interiores que me mantenham à tona da agua. Mas a confusão teima em reinar, e sinto-me desfazer numa antiga clareza que apenas me desilude. A matéria empurra-me nesse sentido, e pede-me resultados lógicos, o espírito mostra-me o caminho contrário, e eu no meio, isolado e desolado, recorro a gritos de silêncio, que me enchem o sonho de ser frágil, e me deixam à deriva no mar eterno...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Grito de Liberdade

A quem se interesse,

O meu nome é Pedro, tenho 36 anos e sou pai de um menino com 3 anos de idade. Antes de tudo, quero mencionar, que o facto que me traz perante estas linhas, não se remete a um qualquer tipo de simples desdizer, mas a uma tentativa de libertação definitiva, de alguma angústia que teima em se manter agarrada ao meu corpo.
Posso ser considerado um típico português, classe média, que nunca passou reais necessidades, e que pautou a sua vida por um recorrer de procedimentos, comuns a todos nós que vivemos dentro de uma sociedade, e cuja educação serve apenas de veículo para uma mais fácil aceitação dos mesmos. Não que ache que isso esteja errado… ou certo! É simplesmente um facto comprovado da vida.
Um dos pilares, que sempre considerei muito importantes para uma boa sustentação individual e familiar, é o trabalho. Empreender, lutar, amar a camisola, para poder vencer. Poder ser alguém dentro do nosso mundo, poder proteger os que nos são próximo das agruras da vida, poder garantir-lhes um projecto de vida e, dar-lhes uma hipótese de sobreviver. Comprar através da labuta e abstracção, o futuro dos outros. Podemos sempre comentar, que ninguém nos obriga a tomar decisões e que estas apenas dependem de cada um… mas o facto é que, para a maioria dos mortais, a teia de regras em que vivemos dificilmente nos deixam outras alternativas, tanto pela ilusão criada, como pela falta de condições para seguir outros caminhos. Mas a malta até aceita tudo isto de “peito feito”, desde que vá havendo para as coisas mais triviais. Vamos andando, tipo o burrinho atrás da cenoura ou o cão atrás da cauda!!
Mas chega daí um dia, em que o raio da realidade nos bate à porta. Sem grandes alaridos, entra-nos pela casa dentro e começa a tomar conta do nosso dia a dia… Devagarinho, e da pior maneira, começamos a ter consciência, que afinal aquela almofada virtual que nos colocaram nas costas, para nos manter mais confortáveis, é mais dura do que parecia anteriormente, e aquela fundação feita com tanto suor, era apenas de lama e água. E é aí, quando o topo começa a ruir e tudo começa a ser questionável, que sentimos o sabor a fel, da nossa estupidez e falta de alcance.
Mas como podemos nós imaginar a abrangência de tanto egoísmo, narcisismo e pura ganância, que corrói os nossos líderes e gestores, a nível global? Como se constroem impérios mundiais, na base de um grande NADA? Como se brinca com a vida de cada um de nós, e depois nos deixam ao abandono, enquanto os grandes responsáveis continuam impunes e despreocupados com o seu futuro? Iludem-nos com promessas envenenadas e depois simplesmente tiram-nos o tapete e deixam a base mais frágil, à mercê da intempérie, como justificativo para uma saúde financeira das mesmas instituições que não souberam portar-se como verdadeiros veículos para o nosso bem-estar geral.
Por vezes sinto-me quase um ladrão, um aldrabão, que tenta perante as instituições estatais e financeiras, arranjar um meio de me manter a mim e a todos os que trabalham comigo, à tona da água. Como se andasse a pedir algo que não me pertence e que me foi retirado por justa causa, por um sistema que me culpabiliza e pune da forma mais brutal, por não ter sabido gerir as empresas por que sou responsável. Insanidade mental !!!!!!! Eu deixei de viver a minha vida, por troco da sustentabilidade de um tecido empresarial que alimenta o mundo, e por meros conceitos de qualidade de vida que me foram impingidos… Descartei os únicos valores que significam algo, por um objectivo que julguei comum, mas que afinal era só meu. Nunca retirei mais do que devia, vivo num apartamento médio, nunca fiz grandes viagens, nunca comprei grandes luxos, nunca descapitalizei as empresas para me auto-promover, como fazem todos os “grandes gestores” e que depois ainda recebem indemnizações pelo mau trabalho, sem quaisquer responsabilização pelo mesmo. E mais gravoso ainda é, o facto de usarem o nosso dinheiro para tapar buracos deixados por esses “senhores”, nas tais instituições que me consideram um criminoso, quando lhes recorro em auxílio. Já pensaram em perguntar-me se estou de acordo com isso? Quando me “surripiam” dinheiro das contas, debaixo dos mais estapafúrdios justificativos, também nunca me dão oportunidade de contrapor. Leva-me a concluir que a nossa opinião sobre estas coisas, não interessa a ninguém, pela nossa transparência, mas também pelo facto de o nosso único papel ser o de dar ao cabedal, para alimentar a MÁQUINA TRITURADORA! Tantos impostos que pagamos para um ESTADO, que depois nos dá muito pouco e ainda por cima nos massacra, quando nestas alturas lhe pedimos um pouco mais de abertura e menos rigidez nas cobranças feitas, ao que nos responde com um enterrar da biqueira da sua bota nos corpos que já jazem moribundos. Nem sequer respeitam as dívidas que têm aos privados!!!!!!!!! E depois é ver a classe política em duelos de esgrima, mais interessados em não estragarem os trajes que exibem ou de perderem a pose que apresentam, do que tentarem resolver o que quer que seja, relacionado com a nossa vida banal, de meros fantoches presos aos fios que nos dão vida.
E assim se vão passando os dias, hora após hora, minuto após minuto, tentando navegar sem meter água.
Mas quero deixar muito claro, que no final de cada dia ainda consigo agradecer pela oportunidade que me está a ser dada pela vida, de aprender a não cometer os mesmos erros no futuro, e só espero ter forças e coragem suficiente para nunca mais perder o meu tempo com objectivos ocos, e poder me dedicar a tirar prazer real da vida, e a um projecto que realmente deixe no meu filho, uma herança de moralidade, solidariedade e amor, por nós e pelos outros seres deste planeta.

Paz

domingo, 2 de novembro de 2008

AJUDA

Um dos objectivos pessoais que gostaria de poder vir a desenvolver, é o da ajuda solidária a quem dela necessita. Infelizmente é algo que nunca fez parte da minha vida, quer pela parte educacional, quer por vontade própria. Nunca passei por grandes necessidades e basicamente sempre tive aquilo que desejava, sem grande esforço ou trabalho. Tudo era bastante fácil e nunca me apercebi da realidade propriamente dita, com todas as suas armadilhas e enganos. Fui me deixando andar, até ao dia em que toda esta displicência se começa a pagar caro... Se ao menos os pais do nosso mundo se apercebessem do erro que cometem diariamente, ao comprarem as suas crianças, como desculpa egoísta para uma dificuldade, que passa por sentirem remorsos pelo tempo perdido, o que não lhes permite um redondo NÃO, quando isso se impõem. Talvez por isso seja tão importante uma consciencialização dentro da ajuda, neste mundo cruel, que canibaliza os sentimentos de moralidade e amor, com objectos de puro prazer material e simples luxúria. É preciso coragem para mudarmos, mas devê-mo-lo a eles!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A minha vida...

Por vezes paro imóvel, por entre a eterna loucura, tentando equilibrar-me no chão onde me transporto. São meros instantes de lucidez, que brotam tímidos por entre as frinchas do meu ego, e me tocam o corpo com movimentos voláteis, de sabor a mel. Só eu estou presente, e tudo à minha volta flutua seguindo o seu trajecto habitual, sem querer imaginar a magia deste lugar, que me abriga e alimenta. É aqui que me procuro, onde a razão é uma mera desilusão e a contagem da vida volta sempre a um princípio. São momentos de coragem, clareza e visão, onde batalhas se travam sem qualquer violência... Provas de amor e total encantamento, onde as armas são feitas de ar e o pensamento, guiado pela moral, conquista louvores por tão memorável desempenho. Quero criar raízes e ficar por aqui, escondido... Mas não posso! Transporto-me de volta, tentando manter-me fiel ao que aprendi, seguro e capaz de me afirmar pelo que sou e não pelo que fazem de mim. Apenas eu, posso mudar a minha vida...
"Cada homem tinha apenas uma vocação genuína: descobrir o caminho que o levava a si próprio (...). A sua missão era descobrir o seu próprio destino - não um destino arbitrário - e vivê-lo em pleno, resolutamente dentro de si. O resto não passava de uma existência possível, uma tentativa de evasão, uma fuga em direcção aos ideais das massas, conformidade e medo da sua própria essência individual."
Demian, de Hermann Hesse

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Palavras


Tantas opiniões, ideias e decisões, vertentes elaboradas por mentes crentes no caminho que percorremos. Tanta conversa sem qualquer conteúdo, palavras ausentes sem sentido nenhum.
De tudo falamos e com grandes certezas, sem nunca precisar de justificar a total abstracção da valiosa condição de ser criança audaz, com vontade de lutar, assim como de possuir o dom de observar e só depois pronunciar, a linguagem dos Homens. Rajadas de vento perdidas no tempo, soprando de dor e gritando pela nossa atenção, para o porquê de tanta tormenta. Somos egos inchados criados por conceitos escuros, poemas de uma guerra violenta e sem escrúpulos, discípulos da terra e de desertos sem fim. Devemos parar e olhar à volta, por cima do ombro, e tentar relembrar as verdades ausentes que deixá-mos para atrás, perdidas nos becos do mundo. Fazê-las nossas parceiras, ouvir-lhes a voz, perceber-lhes as grandezas e depois sonhar com as milhares de possibilidades de voltar a caminhar para trás, de volta aqui.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Conhecimento de causa

O peso que carrego sempre encontrou no meu precisar, uma simples razão para pesar... É fácil sê-lo assim, incisivo, gravítico, persistente na sua componente de agrura. Transporto-o por não o saber presente, suporto-o por me sentir ausente da clareza embrionária de quem sofre por querer. Porque continua ele aqui, pergunto com insistência? Não é já tempo de escapar, ganhar asas e voar, planar, gritar, viver... Viagens prometidas, sonhadas e queridas, augúrio da subida, pela escarpa dessa vida em sentido ao céu azul. Por momentos deixa de ser presente, julgo que o conheço e tento distingui-lo. Deixou de ser uma mera ausência de grandeza e pura desilusão, é ele que me carrega pelos trilhos empedrados e me desperta para a beleza do turbilhão. Já não quero fugir... somente aqui, debaixo da carga sofrida, encontro a historia contida de um ser em evolução!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Continuação

Apesar de ter passado algum tempo sem escrever neste espaço, não significa que tenha desistido do meu intuito de melhorar e crescer enquanto ser humano, de modo que possa ir ao encontro de mim e dar um exemplo de vida às pessoas que acharem interessante considerarem-me assim. Continuo ciente que o processo é longo e demorado, mas só assim poderá criar raízes e crescer de forma sustentável no meu coração. É uma aprendizagem baseada na experiência de vida e no que realmente somos enquanto seres materiais e espirituais, pois apenas a coligação é verdadeira. A questão é que, o facto de sermos criados num mundo onde apenas o que conseguimos distinguir através dos nossos sentidos é verdadeiro, acabamos por descurar o espírito na sua essência e a sua educação através do pensamento e actos diários. É essa interiorização e valorização constantes, que nos permite abordar a nossa natureza de aprendizes, e assim entender que tudo passa por uma evolução constante, baseada nos valores mais puros e mais simples que existem na nossa essência. É preciso coragem na mudança e por favor entendam os momentos difíceis, como oportunidades de crescimento e entendimento do caminho a seguir...

Tempo

Quando se diz que o tempo corre ligeiro, abordamos uma questão deveras pertinente. Não tanto pela interpretação e compreensão desse conceito abstracto, que nos serve de linha mestra durante as nossas vidas, mas sim pela maneira como nós nos aprisionamos a essas directrizes e empreendemos sem tréguas, a batalha de nos preenchermos ao máximo com as mais diversas coisas, que não passam de uma mão-cheia de nadas, nunca sobrando espaço para aquilo que de mais simples e preenchedor a vida tem para nos dar. Ainda mais estranho é o facto, de acharmos que essas decisões não são nossas e nos considerar-mos perseguidos e desrespeitados pela sociedade e o mundo em geral. Regras e leis que nos obrigam a seguirmos assim.
Obviamente e infelizmente que também me incluo neste protótipo de ser humano, apesar de me aperceber que estou deveras a tomar decisões erradas e de a cada instante lutar para poder mudar essa situação. Todos os caminhos que seguimos são uma consequência directa das nossas vontades e apenas nós poderemos mudar isso, tentando ao máximo evitar desculpas e razões para não mudarmos nada.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Reencontro

Como podem duas almas gémeas conspirar arduamente para a destruição do elo que alimenta a sua verdadeira identidade? Como é possível dois corpos de luz lutarem contra a força que os une na grandeza de um amor puro e real? Não me parece nada lógico e muito menos natural que deixemos invadir um santuário, e que sejamos nós próprios a mão que indica o caminho e mostra a porta do templo, ajudando na corrupção efectiva dos valores que aí estão enraizados, como pilares de sustentação que protegem a nossa alma dos caçadores furtivos. Minam-se as bases e tudo desmorona... pelo menos aquilo que interessa e importa! Simples desrespeito por nós próprios, falta de coragem de lutar, agrura no modo de actuar... E quando tudo se começa a esvair em pó e a ser levado pelo vento frio da tristeza, surge uma certeza inquestionável vinda de dentro de nós que nos mostra a indivisibilidade da unidade... Um sopro de vida na procura da semente da compreensão entre seres, que sempre viajaram juntos, lutaram juntos e celebraram juntos. Simplesmente foi feito para ser assim. Obrigado por esta oportunidade de voltar a ver o caminho correcto!!
Porto Côvo - FMM

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Violência Doméstica

Que raio de armadilha é esta que aprisiona o caçador? Gerações e gerações de aprendizagem, melhoramentos e acrescentos, numa torrente de boas práticas que nos orientam num objectivo de crescimento contrário. Estilos e coisas, eu tenho e tu não... poderes viciados e receios comuns! O medo transforma-nos em carne, monstros vazios, liberta o ódio, a irracionalidade de nos ferirmos a nós próprios, aos que nos rodeiam, aos próprios filhos... às nossas crianças! Sem piedade, nem apresentando qualquer tipo de dor, apenas destruindo mais uma oportunidade de realmente aprender a sermos felizes. Está tudo muito errado!!!! Não temos o direito de tomar nas nossas mãos o destino dos outros! Não temos o direito de violentar outro ser vivo, quer seja física ou psicologicamente! Parem cobardes... parem de de não serem gente, parem com esse narcisismo que vos alimenta o ego escuro de almas penadas, parem de se arrastar pelos trilhos rochosos da vossa existência... Percebam o alcance de tais actos de crueldade, pois isso afecta-nos a todos os que acreditamos no ser humano, na sua integridade, na sua beleza... Destroi a simplicidade e inocência das crianças, apaga-lhes o direito à vida... apenas porque é demasiado fácil não querer perceber!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Portas fechadas...


Portas fechadas
Sem nenhum sentido
Vontades de ser
Num mundo perdido.
A alma desperta
O corpo desiste
Pensamento que avança
A rocha resiste.
A luta é interna
Sem sentido nenhum
A porta insiste
Sem senso comum.
Mas a mente é mais forte
O jogo tem fim
A porta é aberta
Bem dentro de mim.
Um grito liberto
Nas asas de um sonho
A vida desperta
No meu reencontro.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Ode ao Sofrimento

Olho para ti e contemplo-me.
Vejo a minha alegria nos teus olhos
Choro!
A água afaga-me o rosto
Molha-me o ventre.
Deixo-me levar...
Já não sou gente,
Sou o carrasco de mim
Escondo-me no escuro.
Desisti...
Perco-me sozinho na dor
Cobarde por não lutar
Grito de raiva
Louco por desconhecer,
Que o eu em mim
Nunca esteve em ti!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Seres Índigo

Hoje li um artigo sobre seres índigo. Mensageiros de uma nova era, estão aqui para nos ajudar na árdua tarefa da evolução. Seres encantados que transportam na sua génese os valores da consciencialização, que nos guiarão entre montes e vales, até atingirmos a essência do ser uno. Percebam e aprendam a conectar-se a estes guerreiros, assimilando o saber universal que transportam nos seus corações. Este é o tempo de mudar, quebrar amarras, romper barreiras, deixar fluir o que de mais belo existe dentro de todos nós. Acordem para a beleza da vida e todo o seu esplendor, apercebam-se das asas que vos crescem nas costas, ergam-se no ar e aventurem-se... não tenham medo. Dêem a mão a estes seres maravilhosos e deixem-se levar pelo rio de novas emoções, de volta à mais pura das inocências.

domingo, 29 de junho de 2008

Aquilo que me marcou... o nascimento do meu filho


Foi este o ponto mais marcante de toda a minha existência, não apenas pelo momento em si, mas principalmente por todos os novos sentimentos que surgiram, dando um novo sentido e orientação à minha vida.
Nunca pensei que teria filhos, não apenas por achar que não tinha perfil para pai (talvez induzido por uma vivência pessoal), mas também pelo meu entendimento das relações amorosas. Nunca podemos abafar o nosso verdadeiro eu, em sociedade ou em família, sem recebermos de volta uma mão cheia de frustrações, desilusões, tristezas e agressões. Temos o dever de sermos justos connosco e com os outros, e de modo algum podemos continuar num compromisso, onde verdadeiramente não estamos, influenciando negativamente a vivência do cônjuge e criando falsas expectativas. No meu caso pessoal, esta necessidade de mudança que sempre existiu em mim, cria-me uma necessidade de reclusão e alheamento espiritual, que maior parte das vezes não é percebido como tal. A posse e o consequente ciúme são sentimentos negativos, que não levam nada de bom para dentro de uma relação. E acreditem que nunca houve razões para isso. Em relação à mãe do meu filho... saiu a companheira que deu lugar à amiga, e espero conservá-la por muito tempo. Tudo se tornou mais fácil...
De volta ao meu bébé, é também por ele que quero fazer algo realmente importante e com significado na minha vida, de modo a deixar-lhe em testamento muito mais que meros bens materiais e experiências de nada.
A consciência do acordar para uma vida com sentido...

sábado, 28 de junho de 2008

O que raio sabemos nós?

O sentimento de mudança está cada dia mais presente. Muitas das vezes não é claro, surge timidamente entre uma torrente de pensamentos e ideais de castração, que nos remetem para um conjunto de processos rotineiros e vazios a que chamamos vida. Sinto que cada vez faz mais sentido, questionar-me sobre tudo o que sou neste momento e que caminho quero percorrer. Serei eu esta pessoa que me apresento, ou sou apenas um reflexo controlado da realidade que me rodeia? Será esta a mesma para todos ou cada um de nós cria a sua própria, com base na nossa vivência? Por curioso que pareça, todas as respostas a quaisquer questões levantadas, só poderão ser respondidas por nós próprios. Para isso temos que mudar a nossa percepção sobre tudo. Esquecer o que nos foi induzido e recomeçar de novo! Termos a coragem para o fazermos de forma concreta e real, sem tentarmos encontrar desculpas e atritos à mudança, sobre as mais diferentes formas que a nossa consciência, subtilmente, consegue inventar.
Sinto de novo alento e força para continuar, vejo um mundo de novas possibilidades que realmente me fazem vibrar. E o mais fantástico é o facto de, quanto mais acreditares neste novo desígnio, mais novas oportunidades serão criadas, orientando-te nas tuas escolhas e dando-lhe um sentido. Precisamos acreditar que somos muito mais do que aquilo que apresentamos... simplesmente porque somos!! A GRANDEZA ESTÁ EM NÓS!!
Vejam o filme que dá nome a esta mensagem pois é simplesmente fantástico, na maneira como aborda a consciencialização e nos torna cientes dela. Mostra como a ciência se cruza com a espiritualidade, para justificar estas novas ideias, dando-lhe uma forma mais assimilável, retirando o vector descrença e utopia deste cenário.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Aquilo que me marcou...

Podia começar pelo dia do meu nascimento, mas sinceramente não me lembro de nada... Deve ter sido semelhante a tantos outros, com um grito de explosão a abrir caminho para o restante. Mas não é esse o sentido que vou seguir. Quero relembrar momentos, vivências, conversas, viagens, que de algum modo marcaram e tocaram a minha vida. Alguns deram-me garra, outros rudeza, senti o derrube de uns e de outros a grandeza. Todos deixaram a sua marca e é nesse sentido que quero abordá-los. A procura da paz, leva-nos a situações de puro tumulto, de agitação, de interrogação, pois só nessa loucura de emoções, encontraremos o descanso de nos conhecer-mos a nós próprios e não termos vergonha do que somos. Podemos então apagar o fogo que nos consome e debilita, e criar coragem para seguir o nosso coração na procura do ser.

domingo, 22 de junho de 2008

Crescimento

Em cada passo que dou, um mundo de lutas internas têm que ser vencidas. A habituação criou muros difíceis de derrubar, passagens estreitas ao passar, objectivos árduos de alcançar. O espontâneo surge demasiado depressa, não deixa tempo de resposta, e mais uma vez somos atraiçoados por anos de indução e reclusão, de decisões e conclusões, que nem sequer são as nossas. São meras palavras vazias no sentido da vida... Nada disso deveria ter tanta importância, jamais um desígnio nobre a ser seguido! Precisamos parar, entender o porquê de tanta dureza, mas não o façamos através de simples pensamentos, mas de sentimentos puros, de uma viagem ao fundo, ao abismo, ao início... Depois apenas precisamos de os usar como aprendizagem e melhoramento. São estes momentos, que lentamente nos vão fazendo crescer, mudar o nosso rumo e dirigir-nos a porto seguro.
"Por detrás das coisas que vemos, encontra-se algo mais vasto; tudo é um caminho, um portal ou uma janela que se abre para algo mais."
Antoine de Saint-Exupéry

Pensamento

Entre o escuro e o raiar , o sonho e o acordar, existe um momento de pura esperança onde se pode acreditar, que a simplicidade e leveza do amar, é como não ter asas mas poder voar.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O Jogo

Nem sempre de vitórias se faz a história das gentes. Não considero isso muito importante, apesar de saber que necessitamos desesperadamente, enquanto país, de momentos de alegria e unidade que façam sobressair a nossa alma patriota. Esquecer as angústias com que nos auto-flagelamos, e as amarguras que deixamos entrar nas nossas vidas, talvez de propósito ou mesmo inconscientemente, mas que nos criam uma abstinência de amor próprio. Mas imagino que não seja por aí, pois vendo bem, as derrotas oferecem-nos mais possibilidades de evoluir, aprendendo que apenas em momentos como estes, pensamos em melhorar e desenvolver o nosso potencial humano, questionando as regras instituídas do que está certo ou errado, e abordando diferentes pontos de vista que nos libertam enquanto seres humanos.
Campeonato Europeu de Futebol
Portugal 2 - Alemanha 3

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Mudanças

Ao tentar acompanhar as viagens do espírito, o corpo vai atrás... Sem ter sido convidado, é simplesmente arrastado, tentando não perder o equilíbrio que lhe vai garantindo alguma coesão. São mudanças de adaptação a uma vontade interior, rituais que são quebrados por motivos de afirmação pessoal. Deixar um espaço físico e trocá-lo por outro... Talvez resulte... Claro que sim! O importante é que o passo foi dado, e em direcção a mim...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Ilusões

Porquê sufocar-nos na luta da visibilidade, quando tudo o que temos para mostrar são meras irrealidades...

O Grupo


Não é sempre que se têm dias assim. Entre lugares estranhos mas tão próximos, os objectivos são definidos. A força do conjunto e de cada um de nós dentro dele, em prol da unidade e objectivos comuns. Saltamos, corremos, gritamos, rimos, aprendemos e também nos esquecemos... De vários se faz um, e esse um tem mais força, ela que surge no berço das nossas contradições e supostas inferioridades. O que nos neutraliza, pode ser a nossa maior arma... Apenas precisamos de acreditar... em quem somos.
Sever do Vouga

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cores




Entre altos e baixos, direitas e esquerdas, flutuam breves momentos, quase imperceptíveis no correr do mundo. A vida anda ligeira, indiferente à pequenez dessas imagens, que pela sua simplicidade e pacatez se limitam a ser aproveitadas por algumas almas penadas que procuram algo mais... Nada de demasiado importante, apenas a possibilidade de desenharem em folhas brancas de papel, caminhos de afirmação, conhecimento e muita cor. A cor do céu, do mar, da terra, do raiar e do sonhar. A cor da satisfação e da gratidão. A cor da simplicidade, da alegria e de todas as coisas que um dia nos fizeram chorar. A cor da vida... primeiro cá dentro e depois para fora!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A concha

Antes ainda de perceber o que me traz aqui, e o que me leva a este desígnio de encetar um qualquer tipo de mudança na minha vida, sou confrontado com a dureza do meu corpo físico e da sua falta de versatilidade, quando confrontado com um ataque de seres microscópicos, que de uma maneira muito racional, nos ligam a uma realidade vivencial e nos remetem para uma ideia de que tudo também passa por aí. Essa concha que nos transporta por esta vida, que nos liga a um mundo físico e ao destino que nos colocou aqui... É a dureza e a leveza, a rocha e o vento, que coabitam e se auxiliam para percorrermos o caminho. É assim... apenas não nos podemos esqueçer que existem duas faces da mesma moeda... e ambas importantes!!

O começo...


Crio este espaço, para que sirva como refúgio e diário de uma viagem que estou prestes a iniciar, e da qual quero manter um registo para mim próprio e para o meu filho, mas que ao mesmo tempo possa ser partilhado, com quem se sinta identificado com os conteúdos e significados do mesmo.
Tudo começa agora...
"Tememos as nossas maiores possibilidades (...). Normalmente, temos medo de nos tornarmos naquilo que vislumbramos nos nossos momentos mais perfeitos, nas mais perfeitas circunstâncias, em tempos de grande coragem. Regozijamo-nos com a possibilidade que vemos em nós, nesses momentos áureos, e no entanto, simultaneamente, estremecemos de fraqueza, espanto e medo, diante dessas mesmas possibilidades."

Abraham Maslow